HOTELS – Where Hearts Go Broke (Hidden Shoal, 2009)

Encontrar facilmente referências de outras bandas na sonoridade de bandas atuais, já foi tema até de um texto recém publicado aqui no blog pelo Eduardo. A música do quarteto americano (são de Seattle) The Hotels bem poderia servir como exemplo no citado texto. Seu segundo álbum tem veia synth-pop/new wave mas cede espaços para outras sonoridades, encontrando o pós-punk nas linhas de baixo em primeiro plano, as guitarras etéreas do Cocteau Twins, as melodias sintetizadas do Kraftwerk, os ambientes esfumaçados dos Doors, ou as guitarras estridentes, herança oitentista, muito usuais nos dias que correm. Um verdadeiro caldeirão de referências sonoras competentemente executado e muito bem produzido, apesar de, às vezes, parecer que o vocal, com tom deprimido, está soterrado pelos instrumentos.

A banda é liderada pelo baixista-vocalista Blake Madden, que diz ter escolhido o nome por ter trabalhado à noite em um hotel, além de ser assunto de seu interesse. Ele não nega as influências de new-wave/post-punk, e de várias bandas conhecidas do estilo, acrescenta que há também elementos de jazzy e pop e que isso não é acidental: “não queremos ser vistos como uma banda de uma coisa só; uma banda unidimensional; acho que a cada álbum estamos tentando fazer um som um pouco mais expansível, um pouco mais difícil de classificar”.

Quem quiser experimentar o lado etéreo do The Hotels vá direto “Near the Desert, Near the City”; as referências a Kraftwerk em “The Maudlin” ou na instrumental “The Casino Floor”; os elementos jazzy/cabaré e pitadas de (pasmem!) Doors e Pink Floyd em “‘The Heart The Hears Like A Bat”, uma suite de quase seis minutos.

+ PARA FÃS DE: Elefant, Editors, Interpol, bandas com infuências pós-punk mas não se limitando só a esse estilo.

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