THE DOORS – L.A. Woman (1971)

Em 1971 o The Doors lançava o último álbum em que todo o grupo trabalhou junto em estúdio, este L.A. Woman, que ao lado do seu disco de estréia homônimo foi o que obteve melhor posição nas paradas, puxado pelos singles “Love Her Madly”, “L.A. Woman” e “Riders on the Storm”, uma das composições de maior sucesso do grupo .

Em ‘L.A. Woman’ o lado blues e rythmn-blues que se mostrava mais forte em seu álbum anterior (Morrison Hotel), tomando mais corpo e sendo a tônica em diversas canções, vide os compassos de “Been Down So Long”, “Car Hiss By My Window”, “Crawling King Snake” ou da própria “L.A. Woman”.

O álbum marca o fim da “parceria” do The Doors com o produtor Paul A. Rothchild, que se mantinha desde seus primeiros álbuns, dizendo-se insatisfeito com o rumo musical seguido pelo grupo (entrando o engenheiro de som Bruce Botnick em seu lugar).

O sucesso obtido pelo disco mostra o quanto o grupo estava certo em suas decisões, pois ajudou a banda a recuperar o prestígio de outrora (perdido com The Soft Machine), e recebeu críticas bastante positiva e boa recepção do público, embora tenha ficado mais como “álbum de despedida”, pois poucos meses após o seu lançamento Jim Morrison seria encontrado morto.

Apesar da tendência mais blues/ rythmn-blues, como em todos os outros álbuns do grupo, há uma diversidade de idéias que não compromete o resultado final do trabalho. “L’America”, por exemplo, segue a mesma linha psicodélica de canções antigas do grupo como “Light my Fire”, com uma ótima linha melódica no hammond do tecladista Ray Manzarek. Já ‘Hyacinth House’ é uma típica canção do The Doors que poderia entrar fácil no álbum anterior.

Mas o maior sucesso do álbum é mesmo a suíte de sete minutos “Riders on the Storm”, famosa principalmente pela sua introdução com barulho de chuva, trovões e andamento jazzístico. E, claro, a faixa título ‘L.A. Woman’, outra suíte de sete minutos, que parece tentar capturar o som das ruas, a corrida vida urbana de Los Angeles… as mulheres de Los Angeles, e que contém a controversa frase: “Mr. Mojo rising”

Quando ‘L.A. Woman’ foi lançado, em abril de 1971, Jim Morrison já não fazia questão de ostentar o título de sex-symbol, eu tinha apenas seis meses, era um bebê que engatinhava, e os Doors ao tempo em que se esfacelava como grupo, deixava inscrito seu nome na história da música.

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