FANFARLO – Let’s Go Extinct (2014)

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Talvez eu tenha sido uma das pessoas que mais criou expectativas em torno dos ingleses do Fanfarlo. Aquele début do sexteto até hoje me emociona. Infelizmente, nem tudo é como planejamos, e por vezes, mudanças na sonoridade de algum grupo não são aceitas, a princípio. O segundo disco, ‘Rooms Filled With Light’ (2012), me passou essa ideia, logo, o trabalho passou batido e ‘Reservoir’ (2009) era ainda meu disco principal da banda. Uma coisa era certa: o Fanfarlo almejava mudanças, queria até atingir mais sonoridades, mesclar gêneros, incutir mais a eletrônica e sair um pouco da sombra de suas influências. Era evidente.

‘Let’s Go Extinct’ continua com o mesmo âmbito do segundo trabalho, contudo, pode ser mais assimilável e nem de longe é regular. Mesmo que para alguns ‘Reservoir’ seja inesquecível, é importante afirmar a importância dos ingleses no cenário atual. O que o grupo pregava na estréia continua presente. A abertura extensa e festiva de ‘Life In The Sky’ é conduzida por um amálgama condensado de instrumentos que parecem se descontrolar (destaque para os sopros). Se no début o grupo tinha semelhanças com Arcade Fire, Beirut e Clap Your Hands Say Yeah, ouso dizer, sem exageros, que aqui teve até um pouco de The Divine Comedy (confira os arranjos e a levada deliciosa de ‘Painting With Life’). Não faltou algum flerte com a década 80’s, identificado facilmente em ‘A Distance’ (Orange Juice? Aztec Camera?), assim como em ‘We’re The Future’ (algo aí me remeteu até mesmo a Fletwood Mac). A resvalada para a eletrônica ou mesmo um certo namoro com ritmos caribenhos fica bem atestada em ‘Landlocked’ e a canção também faz bonito.

No final do disco, duas canções mais calmas e mais regidas pela melancolia, porém não menos importantes. ‘The Beggining And The End’ e ‘Let’s Go Extinct’. Esse terceiro trabalho, de uma forma geral, coloca o Fanfarlo ainda no páreo e promete boas coisas no futuro. Aprimora as mudanças do segundo disco, mesmo que não se equipare tanto ao primeiro, entretanto, mostra uma banda que volta aos trilhos e ousa mudar, e quem sabe, continuar a ser promissora.

Sobre ‘Reservoir’ (2009):
Minha resenha
A resenha do Luciano

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Veja o vídeo oficial de ‘Landloked’

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